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DESDOBRAMENTO ASTRAL (Parte I)

 

Nascemos e fomos educados desde pequenos para uma vida tridimensional, com metas tridimensionais. Com o passar dos anos, algo dentro de nós vibra de maneira distinta, surge uma busca de um sentido para esta existência... É nossa alma com sede, recordando que somos seres espirituais passando uma experiência terrena, a fim de resgatarmos nossa consciência.

Há potencialidades latentes no ser humano, em estado embrionário. Uma delas é a de tornar nossos sonhos experiências conscientes. A isso, chamamos de Desdobramento Astral.

 

Todas as noites ao nos deitarmos no leito, nosso corpo físico entra num processo de relaxamento que culmina no desprendimento do corpo astral, nos projetando na quinta dimensão.

 

Dificilmente percebemos este processo, porque passamos por ele fascinados (adormecidos) pelas ideias que o ego ininterruptamente projeta em nossa mente. Então, já saímos do corpo físico dentro de um sonho que estará contextualizado pelos nossos processos psicológicos.

 

Platão nos ensinou: “Ao homem se conhece pelos seus sonhos.”

 

O nosso comportamento interno, invisível aos olhos físicos: preocupações, desejos, temores, questões que tem ocupado nossa atenção, situações que nos impactaram, histórias que ouvimos, etc. Criam forma na quinta dimensão, formando isso que chamamos de Sonho. 

 

Diante disto, é indubitável, inquestionável, que podemos nos favorecer enormemente de toda lembrança que trazemos desta dimensão, como fonte de estudo para nosso trabalho psicológico. Inicialmente, identificando aspectos da nossa psicologia, que tem sido negligenciado no trabalho diário de morte do ego (que tem adormecido nossa consciência e roubado nossa energia). 

 

Outro aspecto é que nestas experiências astrais, podem existir mensagens que descem do mundo do Espírito Puro e se tornam símbolos em nossos sonhos. Pode ser um número, uma cor, um animal, um elemento da natureza. Estes trazem significados e orientações. As mensagens vindas do mundo de Brahma, com frequência se confirmam aqui no mundo físico, nos permitindo discernir entre o que é um arquétipo e o que é fantasia do ego projetada no astral. 

 

Mas, o que um esoterista autêntico busca, é mover-se conscientemente nesta dimensão, pois nestes mundos existem templos de sabedoria da Loja Branca, como a Igreja Gnóstica, que nos aguardam para iniciarmos o aprendizado sobre conhecimentos, que só serão entregues para aqueles que se capacitarem e conseguirem se mover conscientemente no mundo astral. Cada um dentro de sua particularidade, precisará corrigir e se disciplinar em algum aspecto, a fim de atingir o objetivo de sair em astral consciente. Precisamos construir esta faculdade! 

 

A partir de agora, abordaremos várias disciplinas que quando colocadas em prática, resultam transformar-nos em habitantes conscientes da quinta dimensão. 

 

 

PRÁTICA 

 

Devemos preparar o recinto que dormimos, para realizarmos nossa prática e termos as experiências oníricas. O quarto de estar limpo, arejado e se possível perfumado. Podemos ter nosso leito com a cabeceira voltada para o norte, a fim de usarmos inteligentemente a corrente magnética do planeta, que flui do sul para o norte. Fazermos nossa refeição da noite mais cedo, comermos algo leve e nos recolhermos por volta das 22h, são aspectos importantes a serem observados. 

 

Toda prática deve ser introduzida com a proteção. Para isso, usaremos o Belilim junto do Círculo Mágico, ou a Estrela com o fechamento, ensinada pelo V.M. Rabolu no Congresso do Brasil. 

 

O passo seguinte da nossa prática, é o relaxamento. Este tem o intuito de acomodar o corpo, para que não nos perturbe na tarefa que pretendemos realizar, atraindo uma sonolência dosada. 

 

No caso do desdobramento astral, é indispensável relaxar bem o corpo físico, pois somente mediante a este relaxamento que o desprendimento do corpo astral, acontecerá de forma mais rápida. Então, negligenciar o relaxamento retardaria nosso avanço na prática e nos distanciaria de nossa meta. 

 

Inicialmente, devemos adotar uma postura confortável, que nos permita permanecer parados, sem a necessidade de nos movermos. Sugerimos a posição de decúbito dorsal. Fazemos algumas respirações profundas, com o objetivo de ir diminuindo a frequência cardíaca e iniciando a dissipação das tensões. 

 

Na sequência, usaremos uma técnica de relaxamento muito eficaz, que nos fala o V.M. Rabolu: a prática da luz azul. Imaginamos uma luz azul, entrando na sola dos pés e banhando cada parte de nosso corpo. À medida que esta luz vai subindo, vamos detectando e distensionando as áreas rígidas (relaxar os ombros, desfranzir a testa, soltar a mandíbula), e aproveitamos para ajeitar a postura, caso seja necessário (posição das mãos, pés). Após a conclusão do relaxamento, não devemos mais mover o corpo. Esta é uma disciplina importante, pois se ficamos nos movendo, coçando, atrasa nosso êxito. 

 

oração, é o próximo passo da prática. Orar é falar com Deus, é se dirigir ao nosso Ser Divino e pedir auxílio e assistência para que tenhamos sucesso nesta prática, para que possamos nos tornar instrumentos efetivos para realizar a obra do Pai. 

 

Devemos rogar também ao nosso Divino Ser, que interceda junto a Donzela das Recordações, que é uma parte nossa responsável por trazer as lembranças das experiências internas, para que ela atue e nenhuma experiência fique perdida por haver esquecido. Ela e a mediadora dos sentidos do corpo astral e do cérebro físico. Agora, estamos prontos para iniciar. 

 

 

Mantrans

 

Todas as noites, ao deitarmos para o nosso descanso diário, devemos nos dedicar a uma técnica que nos possibilite perceber conscientemente o processo do desprendimento do corpo astral, para entrarmos com a consciência ativa nesta dimensão. Os Veneráveis Mestres, nos brindaram com alguns mantrans que nos auxiliam a ter êxito no desdobramento. Estes mantrans, formam um conjunto de sons, que tem a propriedade de auxiliar na saída em astral consciente. 

 

Em uma de suas obras, o V.M. Samael destaca que o mantram EGIPTO é indicado para aquelas pessoas que ainda não tem desenvolvida a capacidade de se desdobrar em astral, pois carrega o poder de ativar os chacras relacionados a esta habilidade, que quando desenvolvida, permite ao indivíduo entrar e sair do seu corpo físico a vontade. 

 

Iniciamos a mantralização verbalmente: 

 

EEEEEEEEEEE GGGGGIIIIIIII PTTTTTOOOO... 

 

 

Quando usamos o mantra em voz alta, nos cabe a liberdade de dividi-lo em sílabas, intercalando cada sílaba com uma inalação. Assim, desfrutando intensamente dos benefícios destes sons, que fazem vibrar o corpo astral. O mantram deve ser feito verbalmente algumas vezes, ou até atrair certa sonolência. Então, passaremos a repeti-lo mentalmente, durante todo estado de transição entre a vigília e o sono. 

 

Se até aqui, nos desenvolvemos em todos os passos estando presentes, não tardará que os sintomas do desdobramento astral comecem a se apresentar: formigamentos, aumento do som da glândula pineal, espasmos musculares semelhantes a choques, sensação de que o corpo vibra, sensação de estar muito pesado ou leve, entre outros; ao percebermos as primeiras imagens e sons do astral é o momento em que devemos nos levantar cuidadosamente da cama e dar um saltinho com intenção de flutuar, para nos certificar que a prática foi bem sucedida e estamos em astral. Devemos fazer isso com fatos e não de forma mental. 

 

Ao flutuar, devemos pedir ao Pai, que nos leve à Igreja Gnóstica, a um Templo de Sabedoria, ou ainda podemos invocar um Mestre. Para se invocar uma hierarquia em astral, com mais segurança, sempre se deve pronunciar neste momento o nome do Cristo, pois isto afasta de nosso caminho as entidades negativas. Então, despertos em astral, podemos fazer a invocação desta forma: "Em nome do Cristo, pelo poder do Cristo, pela glória e majestade do Cristo, V.M. (citar o nome do anjo ou mestre) vinde até aqui! Concorrei a este chamado!" (repetir a petição por mais duas vezes) 

 

Outros mantrans que podem ser utilizados: 

 

O mantram LA RAS: 

 

Lllllaaaaaaaaaaa Rrrrrrrrraaaaaaaaa Sssssssssssss (como um silvo) 

 

FARAON: 

 

Faaaaaaaaaaaa Rrrrrrrrraaaaaaaaaa Ooooonnnnnn 

 

TAIRERERE: 

 

Tairerere Tairerere Tairerere 

 

 

Disciplina ao acordar

 

É muito importante que ao despertar do nosso sono, tenhamos o cuidado e o hábito de não nos movimentarmos, afim de não embaralharmos as lembranças das experiências vividas no astral e conseguirmos recordá-las e gravá-las na nossa memória. Podemos também usar o mantra RAOM-GAOM para nos ajudar a recordar dos sonhos e experiências e ter um caderno para anotá-las. 

 

“Resulta palmário e manifesto que, quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento voluntário deixa de existir”. (V.M. Samael Aun Weor) 

 

Não obstante, o trabalho da morte diária é nosso passaporte para nos tornarmos definitivamente habitantes conscientes da quinta dimensão. 

 

Os sucessivos choques na consciência, produzidos pela morte em marcha, vai liberando as chispas de essência, que nos possibilitam despertar no astral. A morte sempre será o alicerce básico para o sucesso definitivo desta meta! Diariamente, devemos nos conectar e revalorizar por meio da recordação de si, a ânsia por nos tornarmos habitantes conscientes da dimensão astral, a intenção de estudar aos pés dos mestres, nos templos de sabedoria, sermos instrumentos da loja branca, trabalhar invisivelmente em prol da humanidade. Estamos até hoje conectados à força marciana, porque somos capazes destas e de outras conquistas. Almejar isso, nutrir este anseio, usar a técnica do saltinho a qual entregaremos posteriormente, morrer durante os afazeres da vida cotidiana, nos produzem resultados incontestáveis! 

 

Vamos à prática, irmãos! Temos as chaves em nossas mãos, para exercitar a consciência, possibilitando que ela brilhe e atue no mundo astral! 

 

Paz Inverencial!

 

 

Colaboração: Irmãos gnósticos da S.O.S.