“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” João 1:1
A corrente do som relaciona-se com o Raio da Criação, ela provém da combinação do Verbo e as leis do “Três” e do “Sete” mais a curva entrelaçada do “Santo Oito”.
Estas leis processam-se dentro de nós mesmos, todos os seres humanos estão diretamente envolvidos e ao mesmo tempo, submetidos por ela.
Precisamos urgentemente saber viver nessa corrente do som que está além da mente e do tempo. Cada uma das sete notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si são como se fossem etapas ascendentes, pois para ir de um Dó inferior a um Dó superior é preciso elevar-se uma oitava mais.
Entre as notas Mi e Fá, Lá e Si, Si e Dó, existem pausas, essas pausas exigem um adicional de esforço, precisa haver um choque para alcançar a nota seguinte, seja em qualquer circunstância de nossa vida. Caso não aconteça esse choque, regressa-se ao ponto de partida.
“Considero que é necessário mudar, que devemos sair do estado em que nos encontramos, que urge uma transformação total e definitiva. Nenhuma mudança se processa sem um choque especial”. (V.M. Samael Aun Weor)
Triunfaremos em nossos trabalhos se vencermos essas pausas, pois cada choque é uma transformação que se faz necessária para nos elevarmos cada vez mais e continuarmos na corrente do som rumo às oitavas superiores.
“Indubitavelmente, as oitavas do caracol se processam musicalmente com as notas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, de forma gradativa. Se observamos cuidadosamente a curva espiralóide, veremos uma sucessão de curvas cada vez mais altas, de forma tal que vem precedidas pelas mais baixas. Esta formação, esta distribuição das curvas na forma de qualquer espiral, é suficiente como para compreender que, entre oitava e oitava, existem também pausas musicais.” (Sim Há Inferno, Sim Há Diabo, Sim Há Carma − V.M. Samael Aun Weor)
O Despertar da Consciência e as 7 Etapas das Notas Musicais
Para despertarmos por meio da corrente do som devemos separar as notas musicais com suas respectivas etapas e pausas, vale lembrar que o momento que entramos na corrente do som do trem da Gnose é quando à conhecemos. Ao pegarmos esse maravilhoso trem e adquirirmos o conhecimento, levamos um choque, abrem-se selos que nos fazem enxergar o que não enxergávamos, muitas perguntas são respondidas e outras com novos tons são formadas, a sede do saber aumenta.
Cada etapa de nosso despertar está associada com uma nota musical.
1ª etapa – Nota Dó: É o conhecimento que provém da Gnose
No momento em que entramos na Gnose e recebemos o conhecimento, percebemos que dentro de nós existe uma legião de eus psicológicos controlando nossa vida, aprendemos técnicas para o desdobramento astral, os três fatores...
2ª etapa – Nota Ré: Compreensão
É necessário compreender o conhecimento adquirido, a compreensão substitui a razão e se torna o alicerce das faculdades superiores do entendimento. Não adianta receber o conhecimento e não entender nada, caso não haja o entendimento, retorna-se à nota Dó.
3ª etapa – Nota Mi: Decisão
Após conhecer a Gnose e compreender os ensinamentos, cabe a nós decidirmos se iremos praticar.
PAUSA – Ação
Esta pausa exige a ação, a prática do conhecimento compreendido, aqui deve entrar o aspecto revolucionário e como diz o mestre, entrar no campo de batalha, caso não haja a prática do conhecimento já compreendido, retrocede-se à nota Mi.
4ª etapa – Nota Fá: Recordação de Si Mesmo
Quando estamos buscando a recordação de nós mesmos, percebemos o quanto estamos fascinados com o mundo exterior, começamos a despertar do sono profundo em que nos encontramos. Aqui, pode-se perguntar se está no plano físico ou no astral, puxar o dedo ou pular.
Quanto mais recordarmos de nós mesmos durante o dia, mais
conscientes serão nossas práticas de desdobramento astral. Caso não haja a recordação de si mesmo, retorna-se à nota anterior.
5ª etapa – Nota Sol: Auto-observação
Esta etapa exige a atenção e observação nos centros “três cérebros”, observação nas atitudes e reações. É imprescindível aprender a nos dividir em observador e observado, nesta etapa percebemos quando afloram os defeitos psicológicos.
Se a auto-observação não acontecer, voltamos à nota Fá.
“À medida que alguém pratica a auto-observação interior, vai descobrindo, por “si mesmo”, as muitas pessoas, os muitos “Eus” que vivem dentro da sua própria personalidade.” (Tratado da Psicologia Revolucionária - V.M. Samael Aun Weor)
6ª etapa – Nota Lá: Transformação das Impressões
Na nota Lá é indispensável que transformemos as impressões que chegam à nossa mente, no entanto, sem transformar as impressões, não conseguiremos identificar os detalhes ou não teremos força para combatê-los, pois continuaremos apegados ao mundo dos cinco sentidos.
Caso não haja transformação das impressões, criam-se novos eus e retornamos à nota Sol.
PAUSA – Execução
Esta pausa é quando se inicia a prática de todo o trabalho do período de ação, já estamos no campo de batalha agora nos falta desembainhar a espada. Aqui admitimos de forma consciente que estamos errados para nós mesmos, então o julgamento do si mesmo acontece. Nesta ocasião se intensificam também as práticas de desdobramento, com o intuito de darmos o choque necessário para que despertemos no astral.
7ª etapa – Nota Si: Morte do Ego
Nesta etapa é imprescindível ficarmos atentos aos detalhes, precisamos trabalhar em conjunto com nossa Divina e Poderosa Mãe para tirarmos os alimentos dos grandes egos, de tal modo que iremos desnutrindo-os, enfraquecendo-os, assim estes morrerão e a essência vai sendo liberada e se fortificando.
PAUSA – Meditação
A meditação é um estado de “mediação” entre a Essência e Deus. O despertar da consciência acontece quando meditamos, pois é o verdadeiro “religare” da igreja do coração ou a autêntica religião de nosso Deus interior. O despertar da consciência será possível por meio da meditação, só assim podemos subir uma oitava superior. Caso não ocorra esse choque, voltamos a nota anterior.
O esquema acima nos traz um resumo das etapas do despertar com suas determinadas notas e pausas. Para seguirmos com as notas ascendentes precisamos nos esforçar e praticar o conhecimento compreendido, já que podem se apresentar certas dificuldades, inconvenientes, situações adversas, armadilhas do ego que nos fazem desanimar e se não praticarmos, devemos ter o cuidado para não entrarmos em uma noite microcósmica, pois o esforço para sair dela é muito grande e é possível que nos deixe estagnados.
“De modo que nestes momentos se devem intensificar as práticas, para levantar as oitavas e provocar um novo amanhecer, uma mudança dentro de nós e poder vibrar afinado com a consciência ou essência.
Devem fazer as práticas; pedir à Mãe Divina e ao Pai interno para que vos ajudem, e verão que os resultados serão favoráveis. Devem sentir-se soldados de Cristo. Sentir que essas forças crísticas estão em ação dentro de nós mesmos.” (V.M.Rabolu)
É indispensável nos desprender de nossas vaidades, de nosso orgulho, de nosso egoísmo, senão estaremos tão dormentes e mecânicos quanto o resto da humanidade, com uma vida sem sentido, cheia de futilidades, de ganância e vazia. Está na hora de nos tornarmos águias rebeldes, o que está nos impedindo de mudar? Façamos essa reflexão. Que sejamos homens e mulheres de “Thelema”, cheios de vontade e que não nos deixemos escravizar pela mente e pelos egos.
Paz Inverencial!
*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.