“São múltiplos os agregados psíquicos da ira. Existem as manifestações de ira por ciúmes, por ódio, por qualquer desejo frustrado, por motivos monetários egoístas, por assuntos de pleitos, por terror, ou por estado de ânimo, mente, corpo e língua, etc., etc., etc.” (Samael Aun Weor)
“Às vezes a ira se deve ao amor próprio ou à vaidade ferida. Às vezes a ira se deve ao orgulho ferido.
A ira associa-se a muitos agregados psíquicos.
O iracundo fracassa na Grande Obra do Pai.” (Samael Aun Weor)
Como se pode perceber existem Eus que atuam associados a outros. A ação de um desencadeia a ação de outro. Assim funciona a rede de emaranhados Eus. No trabalho sobre si é importante descobrir tais ações, o que nos leva a agir de alguma maneira diante de situações da vida diária para irmos aplicando a morte em marcha.
Um dia que não estejamos nos auto-observando ou se quer desintegrando um eu, certo é: que estamos perdendo o tempo na vida. Estamos impossibilitando o crescimento interior, o nosso desenvolvimento espiritual, que é o nosso objetivo de vida. Então, por que ficamos irritados?
A demora na fila do supermercado nos gera apenas ansiedade? Quando estamos em nossos afazeres e um filho nos pede atenção, por que lhe repreendemos energicamente? Seria pelo simples fato de não sermos incomodados? A falta de paciência pode gerar a ira, a irritabilidade, a raiva.
Assim, são os diversos detalhes que podemos trabalhar para que possamos descobrir onde o eu da ira está atuando e assim, avançar na desintegração do eu. Quantas vezes em uma martelada no dedo esbravejamos? Seria falta de auto-observação do martelo ou do dedo? Certamente nossa!
Muitas vezes situações que consideramos insignificantes se escondem muitas ações do eu. Quando um estudante é posto à prova, ele falha justamente é pelos detalhes.
À medida que o sentido de auto-observação vai se intensificando em nós, nos tornamos mais capazes de perceber as ações dos Eus e detalhes como: atitudes no trânsito, por exemplo, “de querer xingar alguém quando tudo não anda” deixam de ocorrer, pois, se estamos em auto-observação não nos identificamos e temos a oportunidade de aplicar nesse momento a morte em marcha. Por que nesse ímpeto de um eu querer se manifestar já o percebemos em algum de nossos centros, seja emocional, instintivo ou mesmo na mente. Supliquemos a nossa Mãe Divina que desintegre esse eu! Com força, com vontade, que tal eu seja desintegrado! Assim, vamos avançando dentro do trabalho.
Se pudéssemos fazer um inventário de nossa vida, não de coisas materiais, mas do quanto nos transformamos através do trabalho esotérico gnóstico seria interessante. Perceberíamos o quanto continuamos os mesmos. Isto, nos leva a um chamado para que ocorra um trabalho mais sério, para o quanto ainda temos que crescer e mudar! O estudante gnóstico tem sede de sabedoria, tem vontade de alcançar os céus, mas para isto, tem que sair do estado que se encontra. Estamos ego. É necessário provocar mudanças em nosso interior, e isto somente advém com a desintegração do ego, aniquilando através da morte em marcha, de instante a instante, cada um desses Eus.
É preciso compreender a fundo a importância da desintegração do Eu. Enquanto estivermos sujeitos a toda manifestação do ego, estaremos nesse estado de adormecimento, de fascinação, além de estarmos perdendo oportunidade de crescimento interior.
Sabemos que possuímos muitos Eus, e podemos traçar uma disciplina, aliado à morte em marcha para se tornar mais conscientes daquilo que precisamos trabalhar. Podemos descobrir péssimos hábitos, desvios de nossa personalidade, situações no trabalho, em família, do cotidiano, onde estamos falhando, onde o eu da ira está se manifestando. De nada resolve ficarmos com raiva se a política está mal, se a economia do país não vai bem. Os problemas são da vida, o que temos que mudar é nossa atitude diante dela. O quanto se perde e se desgasta energia diante dessas identificações? Como se conseguirá algum resultado nas práticas, se vivermos sempre identificados?
"Qualquer incidente da vida por mais insignificante que pareça, inquestionavelmente tem por causa um ator íntimo em nós, um agregado psíquico, um “Eu”. O autodescobrimento é possível quando nos encontramos em estado de alerta percepção, alerta novidade." (Samael Aun Weor)
"Necessitamos mudar nossa maneira de pensar, sermos menos negligentes, nos tornarmos mais sérios e levar a vida de forma diferente, em seu sentido real e prático. Mas, se continuarmos assim tal como estamos, comportando-nos da mesma forma todos os dias, repetindo os mesmos erros, com a mesma negligência de sempre, qualquer possibilidade de mudança ficará de fato eliminada." (Samael Aun Weor)
A Gnose é movimento, e ela acontece em nós quando começamos a nos mover, a praticar, a tornar-se um verdadeiro estudante!
A Grande Guerra
A contraparte de Marte é a Ira e a parte positiva é Guerra, força! Chegamos ao ano 2021 após o toque da sétima e última trombeta! O relógio da humanidade marca os últimos segundos desta raça! A grande guerra entre o bem e o mal se intensifica nos mundos internos e vem se cristalizando no mundo físico, o mal representado pela besta (666) e o bem pelo Cristo. O momento é de decidir entre o ser ou não ser! Se formos pela via do não ser ou continuarmos como mornos, ficaremos a mercê do destino e vulneráveis ante os demônios que não respeitam o livre arbítrio nem mesmo da Justiça Divina, por outro lado se formos pelo caminho do Cristo, receberemos ajuda do alto para seguirmos pela luz.
Em nós essa guerra também se intensifica! O número 5 que é a síntese de 2021, representa o homem auto realizado, uma estrela de 5 pontas. Essa estrela de ponta cabeça representa que o homem perdeu a batalha entre a questão sexual e a mente. O coração deve dominar a mente e esta o sexo! A guerra que precisamos traçar é com a mente, precisamos dominá-la, tomar as rédeas dos 5 centros da máquina humana por meio da auto-observação e a morte em marcha, ativando assim, os centros superiores com a finalidade de acessar a Sabedoria Superior.
Para enfrentarmos uma guerra devemos ir minimamente preparados! Urge que entremos em harmonia com as partes positivas dos astros Marte, para nos dar força e Vênus nos fornecendo à mística ou a fé viva que vem da experimentação direta, do sentir! Somos sentinelas em tempo de guerra, além das armas como auto-observação, a morte em marcha, a meditação, as conjurações, o círculo mágico, a força da união do grupo e estratégias para despertar, precisamos também da ajuda das Hierarquias, precisamos de Proteção, Poder e Força!
Prática da Cruz
Oração, Conjurações, Círculo Mágico...
Deitamo-nos no solo ou na cama, os pés juntos, boca para cima, os pés juntos, os braços abertos formando uma cruz, mas bem feita! Que fiquem bem alinhados os braços para formar a cruz.
Então nos dirigimos ao nosso Pai Interno, ao Íntimo, para que ele se translade ao Tribunal da Justiça e peça, faça a petição sobre o que se vai pedir. Já feita essa petição, então nos sentamos sem desfazer a cruz, ou seja, tal como está feita no solo nos sentamos. Volta e se deita e segue a petição sem desfazer a cruz. Assim por três vezes.
Final: - Obrigado Veneráveis Mestres, obrigado meu Pai!
Pai meu, Deus meu, volta a mim! Imagina o átomo do Pai entrando pelas narinas. (1 vez) Braços cruzados sobre o peito.
Mantra “AOM”. (3 vezes)
Paz Inverencial!
*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.